Vivo no imenso mar do silêncio
que deposita em mim seus ruídos silenciais
Sem voz, sem coração, sem força
caminho na direção vazia do delirante silêncio.
O vento...tão silencial...tão frio...tão mórbido
na vazia figura humana
destrói a esperança
o grito...sem grito
ecoa nas ondas do silêncio
- Tornaremos seres silenciais? Sairemos nos aglomerados centros em
profundos silêncios como estátuas silenciais andantes? Marcharemos para a
utopia do silêncio?
Não tenho voz, não tenho plateia, não tenho desejo
tenho minhas mãos
que tece o poema e surge
um novo amanhecer.
Fernando Bernadelli