que me aflige,
em teu sopro
está a minha dor
que flutua
ao lado da escuridão.
Tempo inacabado
severas badaladas
em minha alma
frágil, fragmentada, fantasmagórica
nesse estúpido tempo.
Abro caminho
na tempestade noturna
ouço outras vozes
de diversas dores
as mesmas dores
as mesmas indentidades
frágeis
em um só canto.
Levam tudo...
pés frágeis
mãos trincadas
corpo vazio
no fim uma estúpida estátua
gélida
egoísta
dona de um tempo.
Fernando Bernadelli