sexta-feira, 22 de abril de 2011

A morte

Caminho em escadas fúnebres
               os meus pés a cada
                degrau se putrefica.
                       Abro
                         a
      porta do mundo dos mortos
a canção paralisa meus
            gelados nervos.
E agora?
Conseguirei sobreviver no mundo dos homens?

Minhas mãos não falam.
Como são inúteis
   em tempos em que os homens
não se comunicam mais
nem trocam os estúpidos olhares.
Todos.
E a morte
             não é uma caveira e tampouco
          um fantasma
     Mas a alegoria do homem
     o ser que está em meu corpo
     e os outros seres que me rodeiam.

Fernando Bernadelli

3 comentários:

Anônimo disse...

Fernando, você consegue captar muito bem as imagens, a voz nesse poema é um tom de lamento! Que sensações maravilhosas e graves ao mesmo tempo.

Anônimo disse...

Fernando!

Estou simplesmente maravilhada com a sua escrita poética. Lindos poemas... li vários, e adorei todos!

Depois voltarei com mais tempo para ler mais... beijo grande! :)

Paty

João Maria Ludugero disse...

Por gentileza, passe lá no meu blog. Se gostar, me "persiga". Muitas alegrias, hoje e sempre.
Abraços,João.
Obs.: Eu já estou a te seguir.