Deita a neblina nos meus olhos,
logo cairá o orvalho
e na gota a fragilidade da matéria.
Canto
e
nada.
O vento leva o som
para os vales mais sombrios...
.... e mais distantes...
lá o canto
encontra o puro ritmo,
no lamuriar do solo
que aos poucos se torna pântano
e sobre turvas lamas
escuras rosas que exalam
o canto do ser.
O despertar da noite,
com os corpos sobre o
imenso pântano
cujas vozes são direcionadas
para o céu negro
e os cantos subjugam a lua,
que temerosa curva-se para sempre.
O grito que explode no vale,
entre tantos Meu Deus!! É puramente inútil.
Fernando Bernadelli
2 comentários:
Nossa esse poema me tocou. Todos poemas são maravilhosos.
Fernando!
Ótimo poema. Gostei do efeito gráfico e da sonoridade também. E lógico do sentido.
Convido você a visitar meu blog.
Google: neusa de azevedo
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