Vejo teu solo nutrido
e o meu gosto pela tua terra
não sei se tens o mesmo gosto
mas não importa é o meu segredo.
Sinto minha mão fria
a trabalhar no seu solo potente
e o fluxo do calor começa a irradiar
dois seres.
Teu solo cai sobre mim
o que sinto é o cheiro da proibição
teus olhos fotografam o medo
mas o amor nas poderosas paredes
se fertiliza a cada instante.
A terra que penetra profundamente
na minha tulipa,
a nutrição ocorre
o poder da vida surge
o poder do amor
tudo explodindo no grande quarto!!
No descanso
o medo de ambos os olhares
as novas e velhas imagens de inquisidores
Irã que mata centenas de solos e tulipas
o mundo se cala feito uma rosa muda.
Tulipa que fechará para sempre
a proibição é maior
muito maior
os olhares dos selvagens acabam até com os sonhos.
A lembrança brotará apenas no meu oco olhar
onde as lágrimas formarão a imagem do solo.
Fernando Bernadelli
2 comentários:
Nossa! Adorei esse poema!! Parabéns, é linda. O aspecto erótico é muito bem trabalhado!!
Que poema!! Adorei, parabéns!!
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